BEETHOVEN – AS SINFONIAS (II)
A Quinta (“Do Destino”), iniciada em 1807, é a mais trágica das nove, fazendo um percurso desde as trevas (os dois primeiros movimentos) até à luz (os dois últimos), abrindo precedentes na história da música. Dotada de extraordinária energia, é rica em desfasamentos rítmicos e repentinas trocas de tonalidade.
A Sexta Sinfonia, Pastoral, também de 1807, é outra ousadia; organizada em cinco movimentos, cada um retratando um aspecto da vida no campo, abriu espaço para as experiências de Liszt e Berlioz no género da música programática. Contrariamente à anterior, caracteriza-se por um clima de repouso idílico.
A Sétima (1811) ficou famosa pelo seu movimento lento, um Allegretto pouco definido, que encantou compositores como Schumann e Wagner. Foi composta num complexo período sentimental. O seu carácter rítmico é o sinal mais distintivo desta sinfonia, definida como a apoteose da dança.
A Oitava (1812) tem no terceiro movimento uma novidade, o minueto. Foi apresentada como “a pequena”.
Finalmente, a Nona (1822, embora a ideia e alguns esboços remontem a 8 anos antes), talvez a obra mais popular de Beethoven, marcando uma época, com a sua grande atracção, o coral final, a Ode à Alegria.
Pode ouvir “toda” a música de Beethoven aqui.
E, por aqui, se encerra esta “digressão”. A descobrir, a seguir, uma grande viagem…
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